terça-feira, 19 de julho de 2011

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Casamento perfeito

Sucessos como A Mulher Invisível e Divã estreitam os laços entre cinema e TV, criando maneiras de dar sobrevida às boas histórias

 

Patrícia Villalba / RIO - O Estado de S.Paulo

A relação entre cinema e televisão nunca foi tão despudorada quanto a que se experimenta agora, em que histórias migram de um meio para o outro, já adiantadas no caminho para o sucesso. Foi assim com A Mulher Invisível, série adaptada do longa-metragem de 2009, na primeira parceria entre a Globo e a Conspiração Filmes.

Fabrício Mota/Divulgação
Fabrício Mota/Divulgação
Final. Série A Mulher Invisível acaba amanhã

Com cinco episódios, a primeira temporada termina amanhã em alta e com a possibilidade de uma volta em breve. "O último capítulo é sensacional, encerra com um gosto de quero mais. Acho que existe um desejo por parte de todos que exista uma segunda temporada", admite diretor Cláudio Torres, que dividiu o trabalho com Carolina Jabor e Selton Mello.

Não é de hoje que peças de teatro se transformam em cinema e televisão (como O Auto da Compadecida, de 2000) ou seriados viram longa-metragem (como Os Normais, de 2003). Mas, verdadeiro especialista em adaptações transversais, o diretor Guel Arraes avalia que entre todos os modelos que vêm usados na última década, o de Chico Xavier e o de A Mulher Invisível são os mais bem-sucedidos. No primeiro caso, o diretor Daniel Filho filmou de uma só vez um longa e uma série de cinco episódios para a TV. No segundo, cinco histórias originais foram criadas a partir do longa. "Fora aproveitar a estrutura de produção, o modelo usado pelo Daniel cria uma sobrevida para obra na TV além da que ela teria se apenas o filme fosse ao ar, num dia apenas", observa (leia entrevista ao lado).

Entusiasmado com o sucesso do seu Divã, que migrou do teatro para o cinema, e dali se transformou numa série de oito episódios, José Alvarenga Jr. só vê vantagens em projetos desse tipo. Mas um aspecto é bastante interessante: "Hoje você tem uma oferta muito grande de consumo de entretenimento, as estreias de blockbusters, por exemplo, são semanais. E ainda tem a internet e uns 200 canais a cabo oferecendo consumo visual", enumera. "Então, quando você viu uma coisa boa que te pegou e ela aparece em outra mídia, a visibilidade é instantânea."

Ninguém tem dúvida de que é bom reencontrar personagens fortes como a Mercedes (Lilia Cabral), de Divã, ou o Pedro (Selton Mello), de A Mulher Invisível. "É claro que cabe muita coisa nas duas horas de um filme, mas é muito bom poder estender as possibilidades", diz Alvarenga.

Além disso, o ar cinematográfico na TV - tanto Divã quanto A Mulher Invisível usaram câmeras de cinema - é outro ponto forte. "A realidade do cinema e da televisão mudou muito nos últimos anos. Hoje se diz por exemplo que, nos Estados Unidos, a televisão está melhor que o cinema", observa o autor Marcílio Moraes, que acaba de concluir o roteiro do longa baseado em A Lei e o Crime, série policial que ele escreveu para a Record. As filmagens começam em outubro, com direção de Alexandre Avancini. "Há um ponto que vejo como negativo no Brasil: quando simplesmente se transporta um programa de sucesso na televisão para o cinema com a mesma linguagem, é ruim para o cinema."

Irreversível, a tendência só deve se acentuar, no que depender dos realizadores. Daniel Filho, por exemplo, se prepara para filmar o longa de Confissões de Adolescente, a série adorável que ele dirigiu para a TV Cultura em 1994. Xingu, produção da O2 dirigida por Cao Hamburger, sobre a vida dos irmãos sertanistas Villas-Boas, acaba de ser montado como longa e, é certo, vai ao ar como uma série na Globo no ano que vem. E, animado com A Mulher Invisível, Cláudio Torres se mostra empolgado quando ouve a sugestão de que O Homem do Futuro, filme que ele lança em setembro, bem que poderia render uma série. "Quem vai determinar isso é o publico, e se ele gostar, pode haver futuro para O Homem do Futuro", adianta, informando que a história deixa em aberto uma continuação, como sequência ou série. "Gosto dessa tendência, faz parte do cinema do nosso tempo. E permite que seus personagens não morram. Para um autor, é muito atraente."